segunda-feira, 13 de julho de 2015

Nasci demasiado tarde

Nasci demasiado atrás do meu tempo.
Queria ter nascido num tempo em que o namoro eram mãos dadas e beijinhos escondidos. Num tempo em que o amor fosse para a vida e que não se desistisse de uma relação só porque ela dá trabalho.
Queria um amor gratificante como o dos meus avós paternos que durou 50 e tal anos e que ainda vive no olhar saudosista da minha avó.
Queria um amor de duelos e de "felizes para sempre" quando as princesas eram umas totós que suspiravam e faziam bordados.
Queria uma vida fácil, porque esta meus amigos... Esta consome-me!

sábado, 4 de julho de 2015

Game over, try again!

Estou provavelmente a passar o ano mais complicado da minha vida a nível pessoal.
Okay que tenho 25 anos e não 50, mas mesmo assim, acho que dificilmente volta a acontecer tanta coisa má junta num período tão curto de tempo.
Mas, o motivo que me leva a escrever este post não é lamentar-me. Detesto lamentos, detesto lamber feridas e a razão para voltar é esta: quero poder voltar a escrever coisas alegres e bem dispostas em vez de estar com pena de mim mesma e a choramingar pelos cantos.
Vamos tentar outra vez? :)

sábado, 13 de dezembro de 2014

Solidão

Nunca sofri disto como agora.
Eu, que sempre me senti completa na minha própria companhia, dou por mim constantemente a sentir-me incompleta, insatisfeita com o que tenho, inquieta, ansiosa...
O que é estranho.
Acho que a crise dos 25 anos chegou em mim mais cedo. É como se o que tenho não fosse suficiente. Como se estudar no curso que adoro soubesse a pouco. Como se viver sozinha fosse demasiado solitário. Como se amigos tivesse poucos. Como se família não fosse coesa como a dos outros. Como se amparo, aquele amparo que sempre senti, tivesse escapado. Como se levantar-me todos os dias fosse rotina e não algo que faço apaixonadamente.
Sim, definitivamente não o faço tão apaixonadamente como até aqui.
Detesto estes impasses.
Aliás, detesto impasses de qualquer tipo.
Odeio de morte esta sensação de euforia, medo e ansiedade que antecede uma grande mudança. Mas odeio mais de morte ainda saber que tenho que aguentar o marasmo por que passo agora sob pena de nem sequer ter direito à grande batalha.
Por isso, deixo-me estar nesta angústia sem consequência, nesta tristeza incompleta, até que algo se passe e a mood mude.
Detesto ser só, detesto estar só, detesto (tanto, tanto) sentir-me só.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

MEDO

E é isto. Estou cheia de medo deste penúltimo semestre. Possível último semestre. E se não corre tutti bem?
Ai mãe.

domingo, 12 de outubro de 2014

Um amor de mares e montanhas

Se eu soubesse escrever bem, contaria a nossa estória como se fosse um conto, uma história de amor. Falaria dos nossos momentos mais secretos como se só pudessem acontecer nos pensamentos de uma grande escritor, como se tamanha perfeição na sucessão dos acontecimentos só pudesse existir nas ideias de um grande romancista.

Se eu tivesse o dom da palavra, encadearia as ideias por forma a que se percebesse como o que sinto por ti foi crescendo sem que eu conseguisse negá-lo ou evitá-lo. Mostraria como somos a medida certa um do outro, mas como nos amamos sem medida.

Se eu escrevesse como sinto, todos iam perceber como os nossos risos são os mais sinceros, como os nossos carinhos são os mais aconchegantes e como as nossas saudades são as mais urgentes.

Se eu escrevesse a nossa vida, faria metáforas entre as serras do meu coração e o mar que te corre nos genes. Encadearia as minhas tardes no meio do campo com as tuas braçadas no mar, e explicaria como juntos somos tudo. Como a nossa união nos torna mais completos. Como em vez de antónimos somos o complemento do que nos faltava.

Se o nosso amor fosse em números, com quem nos sentimos muito mais à vontade, explicaria que somos uma multiplicação, uma indeterminação, um número sem fim e sem casas decimais. Provaria que aquilo que temos é mais que a soma das partes, que é indivisível e não dá para subtrair.

Mas como não sei escrever bem, não tenho o dom da palavra, não sou romancista e só sei números, vou somando dias de uma estória perfeita e sem fim. Porque quem precisa de "viveram felizes para sempre" quando vive feliz todos os dias?

sábado, 11 de outubro de 2014

Dias em casa

Não há nada melhor para mim, depois de uma semana estafante, ter 1 ou 2 dias de casa.
Não é que passe todo o dia enrolada com o pc no colo a devorar séries, mas trabalhar de pijama também tem o seu encanto :)
E hoje, pela primeira vez desde para aí, Abril ou Maio, estive a trabalhar com um cobertor nas pernas.
Minhas queridas estruturas metálicas, já que são as minhas companheiras para este serão, e se nos apresentássemos?


sábado, 4 de outubro de 2014

Epá, ganda cena

Já se passaram umas semanitas desde o regresso a Lisboa. Para o caso de já ninguém se lembrar, estava cheeeia de vontade de ter a minha cidade mais linda de volta.
Correu tudo muitoo bem, está a correr tudo muito bem, e voltei finalmente a ter o cérebro ocupado, o tempo reduzido, as tarefas multiplicadas e a sorna dividida... Muito dividida!
Mas adoro, confesso.
Posso queixar-me que não tenho tempo para tudo (e não tenho), mas é mil vezes melhor que ter demasiado tempo para tudo.
Posso queixar-me que não tenho vontade, mas é mil vezes melhor que ter vontade e não ter nada em que a gastar.
Posso queixar-me que não aguento tanta pressão, mas não trocava por nenhum dia sem pressão.
É esta vida cheia que eu gosto. Ocupada. Díficil. Stressante.
É estes dias que gosto. Compridos. Ensonados. Estafantes.

Não troco esta vida ocupada por nem um dia de descanso.
Adoro isto!